Nature's greatest waterfall ever |
Just before the submergence by the Itaipu reservoir, several tourists went to visit the falls for the last time. Tragically, a footbridge that offered visitors a particularly spectacular vista of the falls collapsed and killed 80 people.
Very little information is available about the Guaira Falls owing to the lack of foreign tourism in Brazil at the time (especially before construction on Itaipu began in 1970), but it is very possible that these falls were also the world’s widest, a category now claimed by Foz do Iguaçu. Interestingly, the latter is located around 30km (18.6 miles) from the Itaipu Dam. This means that that corner of Brazil used to be home to the world’s most voluminous falls, the widest and also the second-widest waterfall ever.
Just for interest’s sake, the second and third most voluminous falls ever were also submerged for the construction of dams. These are the Celilo and Kettle Falls respectively, both in Columbia, USA.
The Brazilian poet, Carlos Drummond de Andrade wrote a moving poem about the falls which made up the entire front page of a local newspaper. An excerpt of the poem – in English - is below:
Here seven visions, seven liquid sculptures
vanished through the computerized calculations
of a country ceasing to be human
in order to become a chilly corporation, nothing more.
A movement becomes a dam.
Adeus a Sete Quedas
Sete quedas por mim passaram,
e todas sete se esvaíram. Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele a memória dos índios, pulverizada, já não desperta o mínimo arrepio. Aos mortos espanhóis, aos mortos bandeirantes, aos apagados fogos de Ciudad Real de Guaira vão juntar-se os sete fantasmas das águas assassinadas por mão do homem, dono do planeta. Aqui outrora retumbaram vozes da natureza imaginosa, fértil em teatrais encenações de sonhos aos homens ofertadas sem contrato. Uma beleza-em-si, fantástico desenho corporizado em cachões e bulcões de aéreo contorno mostrava-se, despia-se, doava-se em livre coito à humana vista extasiada. Toda a arquitetura, toda a engenharia de remotos egípcios e assírios em vão ousaria criar tal monumento. E desfaz-se por ingrata intervenção de tecnocratas. Aqui sete visões, sete esculturas de líquido perfil dissolvem-se entre cálculos computadorizados de um país que vai deixando de ser humano para tornar-se empresa gélida, mais nada. Faz-se do movimento uma represa, da agitação faz-se um silêncio empresarial, de hidrelétrico projeto. Vamos oferecer todo o conforto que luz e força tarifadas geram à custa de outro bem que não tem preço nem resgate, empobrecendo a vida na feroz ilusão de enriquecê-la. Sete boiadas de água, sete touros brancos, de bilhões de touros brancos integrados, afundam-se em lagoa, e no vazio que forma alguma ocupará, que resta senão da natureza a dor sem gesto, a calada censura e a maldição que o tempo irá trazendo? Vinde povos estranhos, vinde irmãos brasileiros de todos os semblantes, vinde ver e guardar não mais a obra de arte natural hoje cartão-postal a cores, melancólico, mas seu espectro ainda rorejante de irisadas pérolas de espuma e raiva, passando, circunvoando, entre pontes pênseis destruídas e o inútil pranto das coisas, sem acordar nenhum remorso, nenhuma culpa ardente e confessada. (“Assumimos a responsabilidade! Estamos construindo o Brasil grande!”) E patati patati patatá... Sete quedas por nós passaram, e não soubemos, ah, não soubemos amá-las, e todas sete foram mortas, e todas sete somem no ar, sete fantasmas, sete crimes dos vivos golpeando a vida que nunca mais renascerá. |
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